sábado, 1 de agosto de 2009

Golpe em Honduras, até quando?

Divulgação: Por GORILAS 18/07/2009 às 15:09

Depois de mais de duas semanas do golpe militar em Honduras, que sequestrou e expulsou do país o presidente constitucional Manuel Zelaya e impôs o toque de recolher e provocou inúmeras violações de direitos humanos, o governo "de fato" de Roberto Michelleti mantém o golpe. Na terça-feira, 07/07, Zelaya viajou para Washington para reunir-se com a Secretária do Estado dos EUA, Hillary Clinton. Logo após a reunião Hillary anunciou que o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, seria o novo mediador das negociações, mediação que cabia à OEA (Organizações dos Estados Americanos).



Na quinta-feira, 09/07, deu-se início a rodada de negociações, mas foi infrutífera, já que a condição básica é a restituição do governo constitucional, que Roberto Michelleti insiste em não aceitar, mantendo a ordem de prisão contra Zelaya. Na segunda-feira passada, 12/07, apareceram na mídia informações de que o governo golpista de Micheletti contratou dois nomes bastante próximos dos Clintons para ajudar melhorar a imagem do seu governo e ajudar nas negociações em Costa Rica. Eles são Bennet Ratcliff e Lanny J. Davis, o primeiro, consultor ligado ao governo Bill Clinton (1993-2001), foi contratado pela União Cívica Democrática (UCD) que por sua vez é financiada por empresários de Honduras. A UCD também financiou a 'marcha pela paz' organizada pelos golpistas. Já o segundo, Lanny J. Davis, foi colega de universidade da Hillary, famoso lobista de Washington, é pago pelo Consejo Empresarial de América Latina (CEAL), quem faz parte do conselho são os donos dos maiores bancos hondurenhos, incluindo o Citibank de Honduras. De acordo com fontes presentes nas negociações, nada era decidido pelo governo golpista antes de consultar a dupla de Washington.

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Mais informações (em espanhol):: CMI Honduras | TeleSur | Rebelion.org

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