quarta-feira, 17 de março de 2010

Paulo Renato Souza: "Não há o que negociar"

Sob o argumento de que a greve foi convocada para prejudicar candidatura presidencial de Serra, o secretário de Educação paulista promete descontar salários de professores e diz que o governo Lula tentou usar o Enem para fins eleitorais 
Paulo Renato Souza foi ministro da Educação durante oito anos, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) por quatro e há 11 meses é secretário de Educação do governo José Serra, em São Paulo. Na sua longa trajetória de negociação com grevistas de todos os naipes, de estudantes a reitores, cultivou a fama de duro. Mas em raras ocasiões teve tantos instrumentos para sustentá-la como agora. Até o final do mês ele dará aumentos de 25% a 45 mil professores, pagará bônus de até dois salários a cerca de 190 mil dos 250 mil funcionários da Secretaria e tem mais de 200 mil inscritos num concurso para dez mil vagas. Ou seja, mesmo se boa parte das escolas tem hoje professores sem dar aulas reclamando aumentos de até 34,3%, Paulo Renato tem um pacote de bondades numa mão e uma lista de substitutos na outra para quebrar uma unidade que o sindicato ainda não conseguiu construir.
Leia matéria completa
16/03 - 19:49
Gabriela Dobner, iG São Paulo

Nenhum comentário:

Paulo Freire

"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica."

(Pedagogia da autonomia)