quinta-feira, 23 de junho de 2011

PURA REALIDADE!!!

O cara termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.

O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:

 - Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...

O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro atéque ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:

- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundando?

Aos 3 dias, Rodriguez liga:- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 13.700,00 por mês, prá começar.

- Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...

Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 9.800,00, tá bom assim?

- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois....Consegue outra coisa.

- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um de assessor da câmara, que é só de R$.6.500,00...

- Não, não ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo.

- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudantede arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais....

- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 510,00 a 600,00 ou 700,00
 no máximo.

- Isso é impossível Zé!

- Mas, por quê?

- PORQUE ESSES VALORES SÃO DE CONCURSO PARA CARGOS DE PROFESSOR, E PRECISA TER CURSO SUPERIOR, MESTRADO, DOUTORADO, É MUITO DIFÍCIL MESMO!


Por Igor Cardoso, em 23/06/2011, por e-mail

Petição Manifesto dos Educadores e Defensores da Causa da Educação Pública em Solidariedade a Luta dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro

Divulgando...

Postado em Luta Educadora, 23/06/2011

 
Petição Manifesto dos Educadores e Defensores da Causa da Educação Pública em Solidariedade a Luta dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro

MANIFESTO DOS EDUCADORES E DEFENSORES DA CAUSA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA EM SOLIDARIEDADE A LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
 
Após infrutíferas tentativas de negociação, que se arrastam por anos, os profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro, em concorrida Assembléia, realizada no dia 7 de junho de 2011, decidiram deflagrar greve. Atualmente, um professor graduado recebe R$ 750,00 brutos e um funcionário tem piso de 433,00. Somente em 2011, 2,4 mil professores pediram exoneração por completa falta de perspectiva de valorização profissional. A questão afeta a formação de novos professores nas universidades, pois, concretamente, muitos avaliam que a opção pela educação pública implica privações econômicas insuportáveis. As principais reivindicações da greve objetivam criar um patamar mínimo para que a escola pública estadual possa ser reconstruída: reajuste de 26%, incorporação da gratificação do “Nova Escola”, liberação de 1/3 da jornada de trabalho para preparação de aulas, atendimento a estudantes, participação em reuniões etc., eleições diretas nas escolas e melhoria da infraestrutura geral da rede.
Compreendemos que a greve não é episódica e conjuntural. Ao contrário, está inscrita em um escopo muito mais amplo: objetiva sensibilizar a sociedade brasileira para uma das mais cruciais questões políticas não resolvidas da formação social brasileira: o reduzido montante de recursos estatais para a educação pública acarretando um quadro de sucateamento da rede pública e a paulatina transferência de atribuições do Estado para o mercado, por meio de parcerias público-privadas.
Interesses particularistas de sindicatos patronais, de corporações da mídia, do agronegócio e, sobretudo, do setor financeiro arvoram-se o direito de educar a juventude brasileira. Para montar máquinas partidárias, diversos governos abrem as escolas à uma miríade de seitas religiosas retrocedendo no valor da escola laica.
Estamos cientes de que não é um exagero afirmar que o futuro da escola pública está em questão. A luta dos trabalhadores da educação do Rio de Janeiro é generosa, resgata valores fundacionais para uma sociedade democrática e, por isso, nos solidarizamos, fortemente, com a luta em curso. Os recursos existem, desde que a educação seja uma prioridade. Por isso, instamos o governador Sérgio Cabral a negociar de modo verdadeiro com o SEPE, objetivando resolver a referida agenda mínima e a restabelecer o diálogo com os educadores comprometidos com a educação pública, não mercantil, capaz de contribuir para a formação integral das crianças e dos jovens do Estado do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 20 de junho de 2011
Primeiros signatários:
NOME /INSTITUIÇÃO
Roberto Leher - UFRJ
Carlos Nelson Coutinho – UFRJ
Gaudêncio Frigotto - UERJ
Virginia Fontes –UFF/ Fiocruz
Anita Leocádia Prestes -UFRJ
Marcelo Mattos Badaró – UFF
Ceci Juruá – UFRJ
Anita Handfas –UFRJ
Jailson dos Santos - UFRJ
Lorene Figueiredo –UFF
Ângela Siqueira –UFF
Lia Tiriba, UFF/ UNIRIO
Angela Rabello Maciel de Barros Tamberlini – UFF
José Luiz Antunes –UFF
Cecília Goulart- UFF
Iolanda de Oliveira – UFF
Cristina Miranda -UFRJ
Sara Granemann - UFRJ
Janete Luzia Leite - UFRJ
Fernando Celso Villar Marinho - UFRJ

Clara de Goes - UFRJ
José Miguel Bendrao Saldanha –UFRJ
Lenise Lima –UFRJ
Cleusa Santos –UFRJ
Vera Maria Martins Salim – UFRJ
Leandro Nogueira S. Filho – UFRJ
Letícia Legay – UFRJ
Luis Eduardo Acosta – UFRJ
Regina H Simões Barbosa – UFRJ
Francisco José da Silveira Lobo Neto - Fiocruz
Salatiel Menezes - UFRJ
Ana Maria Lana Ramos - UFF
Maria Inês Souza Bravo -UERJ
José Henrique Sanglard - EP/UFRJ

Greve Geral dos Professores: vencimentos e salários sem descontos

Hoje fizemos um ato em Santa Cruz e sabemos que essa luta se ampliará
e que agora não é hora de esmorecer e sim de nos unirmos, mesmo que
para alguns seja conquistar o impossível. Então, CONQUISTEMOS O
IMPOSSÍVEL!!!


GREVE NA REDE ESTADUAL- 1X0 PARA A CATEGORIA


Processo nº: 0181463-81.2011.8.19.0001


Tipo do Movimento: Despacho


Descrição: Trata-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA interposta por SINDICATO
ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE  JANEIRO -SEPE/RJ em
face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, objetivando liminar para que seja
determinado ao réu, através de seu representante legal, de abster-se
de suspender o pagamento ou de descontar os dias paralisados nos
vencimentos e salários dos servidores da rede estadual de educação,
abarcados pelo movimento grevista, bem como se obrigue a não fazer
qualquer retaliação, pelo mesmo motivo de greve. Todavia, para o fim
de análise do pedido em sede liminar, entende esta Magistrada, com
base no poder de cautela geral recomendado nas decisões judiciais, e
levando-se em consideração o clamor público que venha a ser gerado,
mister se faz a oitiva de todos os interessados para melhor apreciação
dos reflexos oriundos do deferimento ou não da medida pretendida.
Desta feita, com base no art.12 da Lei 7.347/85 c/c art. 125, IV do
CPC, na  forma do permissivo artigo 19 da Lei 7.347/85, designo
audiência especial para o dia 28/06/2011 às 15,30 horas. Publique-se e
intimem-se, COM URGÊNCIA e pessoalmente as partes, através de seus
representantes legais, bem como dê-se ciência ao MP. Outrossim, dê-se
ciência da presente ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do
Rio de Janeiro, bem como ao Ilustríssimo Secretário de Educação do
Estado do Rio de Janeiro.

NOSSA MOBILIZAÇÃO E A IDA DA COMISSÃO AO TJ FOI FUNDAMENTAL PARA QUE
ISSO POSSA ACONTECER. AGORA,O GOVERNO TERÁ QUE SENTAR À MESA,EM DIA E
HORA MARCADA. VIVA NOSSA MOBILIZAÇÃO! QUE AMPLIEMOS A GREVE. AQUELES
QUE AINDA TINHA DÚVIDA DE NOSSA FORÇA,ESTÁ AÍ A

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Salário Professores da rede estadual do Rio tem o pior piso salarial bruto do país

RIO - Professora de ciências da rede estadual há cerca de dois anos, Monique Lisboa, de 28 anos, só sobrevive da sua profissão porque passa quase o dia todo em sala de aula. Ela está entre os 25 mil docentes que ganham o piso salarial da categoria: R$ 765,66 brutos por 16 horas semanais, o equivalente a menos de 1,5 salário-mínimo. Esses profissionais representam 30% de um total de 78 mil, segundo levantamento obtido pelo GLOBO. Apesar de o piso do Rio ser o pior entre os 27 estados do país, os fluminenses aparecem em 13 lugar quando levado em conta o pagamento da hora/aula: R$ 10,88.

- Ninguém consegue viver só com o salário da rede estadual. O valor líquido, que sobra na nossa mão, é de pouco mais de R$ 600. A gente se desdobra para ter um rendimento razoável: para ganhar cerca de R$ 3 mil por mês, eu tenho que dar aulas em dobro na rede municipal do Rio, de manhã e à tarde. À noite, leciono no estado. Estou pensando em fazer concurso para outra área - desabafa Monique, formada em biologia.

Ninguém consegue viver só com o salário da rede estadual (Monique Lisboa)

Apesar de a situação do Rio ser crítica, o levantamento obtido pelo GLOBO com base nos salários - sem gratificações - pagos em fevereiro deste ano mostra que a hora/aula é ainda pior em outros estados. Na base da pirâmide está o Rio Grande do Sul, com R$ 862,80 por 40 horas. Ou seja, R$ 4,90 por hora. No lado oposto, está o Maranhão, com R$ 1.631 por 20 horas: R$ 18,53 por hora.

A comparação entre salário e rendimento traz surpresas. Apesar de o Maranhão ter o valor mais alto de hora/aula no piso, o estado figurou na lista do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no ensino médio, apenas na 18 posição. São levados em conta provas de português e matemática e porcentagem de aprovação na elaboração do índice.

A partir de julho, piso subirá para R$ 800

Já o Rio Grande do Sul, pior no ranking do valor da hora/aula, ficou em quarto lugar no último Ideb de ensino médio. O Paraná foi o melhor colocado e paga no piso uma hora/aula abaixo do Rio: R$ 8,80. Os fluminenses amargaram o 26 lugar no Ideb, só à frente do Piauí.

A discussão salarial é antiga no estado e continua acirrada. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) convocou uma greve no dia 7 de junho, ainda sem data para terminar. O governo estadual vem se mexendo e acena com mudanças na carga horária base, que hoje é de 16 horas. A partir de julho, segundo a Secretaria de Educação, o piso já passará R$ 800,11, com a incorporação de uma parcela do antigo programa de gratificação Nova Escola aos vencimentos. Os profissionais que ganham os salários mais baixos são os aprovados em concursos nos últimos três anos, que ainda estão em período de estágio probatório.

Queremos o aluno com o professor mais tempo na escola (Wilson Risolia)

- A discussão salarial está sendo tratada junto com a revisão da carga horária. Os estudos estão sendo finalizados e as ações programadas para o segundo semestre. Queremos o aluno com o professor mais tempo na escola - afirma o secretário de Educação, Wilson Risolia, acrescentando que este ano já foram investidos R$ 546 milhões em benefícios.



quinta-feira, 16 de junho de 2011

TCU identifica risco nas obras para a Copa de 201

erça-feira, 07 de junho de 2011 | 04:13 - Tribuna da Imprensa

TCU identifica risco nas obras para Copa de 2014

Pedro do Coutto

Em seu relatório sobre as contas do governo federal relativas a 2010 e a respeito do desempenho da economia e da administração brasileira, o Tribunal de Contas da União identificou a existência de riscos de as obras para a Copa de 2014 não estarem concluídas no prazo previsto. O texto integral do trabalho está publicado no Diário Oficial de 3 de junho e a matéria, aprovada por unanimidade, teve base em parecer do ministro Aroldo Cedraz.

Ao proceder a um levantamento de possíveis riscos associados ao evento – assinalou Cadraz – o Tribunal verificou a ausência de informações objetivas e o desconhecimento de obstáculos que limitam o andamento normal das obras. Constatou-se que algumas sedes correm o perigo de terem estádios ociosos após a Copa.

Além desse dado que, na realidade, destaca falta de planejamento lógico e adequado, o TCU observou que no que se refere aos aeroportos surgiu a dúvida de que a capacidade operacional da Infraero não seja suficiente para executar os investimentos programados. Consequentemente poderá não viabilizar a conclusão das obras no tempo oportuno. Vejam os leitores – digo eu – quanto pesa a força da inércia. Tudo entre nós fica para a última hora.

E isso, aí e que está, pelo menos funciona para duplicar ou triplicar os custos. Temos os exemplos dos Jogos Panamericanos e da Cidade da Música. Solução ótima para as empresas empreiteiras e alguns grupos. Péssima para o erário público.

A Copa depende também da mobilidade urbana, ou seja, em linguagem mais clara, dos sistemas de transporte rodoviário e ferroviário, vale acentuar.
Neste setor – assinalou Aroldo Cedraz – constatou-se que até o final de abril do ano passado nenhuma obra havia sido contratada. Assim existe o risco de que os financiamentos liberados tenham sido com base apenas em projetos conceituais, com algum nível de detalhamento, mas que não podem ser caracterizados como básicos nos termos da legislação brasileira.

O relatório do Tribunal de Contas – acredito – deve servir de alerta para a presidente Dilma Roussef no sentido que confie menos nas informações douradas sempre conduzidas à mesa dos governantes e se envolva mais diretamente na questão. Isso porque, quanto maior for a distância entre o poder e seus braços executivos, menor será a eficiência, mais caras as obras, mais lentas se tornam. Juscelino Kubitschek estava sempre presente em todas. Os resultados foram os melhores possíveis. Um exemplo bem à mão e ao pensamento da presidente da República.

Outro ponto do relatório. O TCU revelou que o crescimento do PIB no ano passado alcançou a cifra de 7,5%. Como pela lei em vigor, o salário mínimo de 2012 será reajustado à base da soma do PIB de 2010 com a taxa inflacionária a ser registrada em 2011, se a data marcada fosse hoje, o aumento nominal seria 14% sobre os atuais 545. PIB de 7,5 mais o índice inflacionário de 6,5%.

Um terceiro enfoque, este esclarecendo a situação da Previdência Social, sem considerar, é claro, a incidência da tradicional corrupção no INSS e a dívida das empresas, no montante de 162 bilhões de reais, e que se eterniza por uma omissão comprometedora. O setor urbano – conclui Aroldo Cedraz – apresentou no ano passado um superávit de 7,8 bilhões. O setor rural, entretanto, apresentou um déficit de 50,7 bilhões de reais. Qual a razão de tal diferença? Pergunto eu. A resposta não deve ser difícil.

Repórter Rio: Greve dos professores do Rio

domingo, 12 de junho de 2011

Luta Educadora: Rede Municipal do RIO

Luta Educadora: Rede Municipal do RIO: "Assembleia Geral Dia 11/6 (amanhã) 14h no SEPE Rua Evaristo da Veiga, 55 - 7o andar"

sábado, 11 de junho de 2011

Nota de repúdio do Sepe contra a violência da Polícia Militar - Revisitada





Tomei a iniciativa de postar novamente esta Nota de repúdio do Sepe contra a violência da Polícia Militar, a fim promover um diálogar com o teor da Carta Aberta dos Bombeiros, que reflete o quadro recente do Estado do Rio de Janeiro

Lembrem que o episódio abaixo revisitado ocorreu em 9 de setembro de 2009.

O Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro repudia de forma veemente as agressões sofridas pelos profissionais de educação e, também por jornalistas que cobriam a manifestação da rede estadual, que entrou em greve nesta terça-feira (dia 8 de setembro), em protesto contra o Projeto de Lei 2474, de autoria do governador Sérgio Cabral, e que ataca o Plano de Carreira da Categoria e incorpora a gratificação do Programa Nova Escola em seis anos.
Durante os incidentes, também ocorreu a prisão de um diretor da Regional IX do Sepe, Paulo César.
O Sepe lamenta que as autoridades de segurança e o governo do estado façam uso de instrumentos de repressão dos tempos da ditadura militar para atacar os trabalhadores da educação estadual que, pacificamente, exerciam o seu livre direito à manifestação sobre um projeto do governo estadual que pretende retirar direitos adquiridos.

Alerj convida Sepe para participar de sindicância que irá apurar incidentes com a PM
O presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Comte Bittencourt, anunciou que o Colégio de Líderes da Assembléia Legislativa vai abrir uma sindicância para apurar se houve abuso de autoridade da Polícia Militar nos incidentes do início da tarde que resultaram em ferimentos de 10 profissionais de educação e de um fotógrafo do Jornal o Globo.

Bittencourt disse também que o Sepe será convidado para participar desta comissão de sindicância.

Retirado do site www.sepe-rj.org.br

Paulo Freire

"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica."

(Pedagogia da autonomia)