terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A economia política da diferença. Aristóteles de Paula Berino



Admitindo o caráter formativo da escola e o alcance político do currículo, o autor discute o propósito de uma ordem urbana regulada através da condução do ato de assumir uma identidade. A análise concentra-se no discurso de identificação e reforço das identidades e nas práticas e atividades sugeridas nos materiais pedagógicos apresentados pela Secretaria Municipal de Educação. Acreditamos que o estudo presente neste livro interesse não apenas aos educadores, mas a todos que, no campo das Ciências Sociais em geral, desejam ampliar o debate sobre as diferenças culturais na sociedade brasileira e as políticas identitárias promovidas pelo estado

Divulgação: Livraria Resposta

Clique AQUI e leia a resenha completa do livro.

Aristóteles de Paula Berino nasceu no Rio de Janeiro em 1965. Licenciado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF, mestre e doutor em Educação pela Faculdade de Educação da mesma instituição. Atualmente é professor adjunto do Deartamento de Educação e Sociedade do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, em Nova Iguaçu. Pesquisador do grupo Estudos Culturais em Educação, do IM/UFRRJ e IART/UERJ.

10 comentários:

Correndo aos 60 disse...

Berino, lá vai a primeira inquietação: A afirmação de Atilio Boron (p. 66, linhas 11 a 15), transcrita em seu livro, opondo-se “à tese de que existe alguma superioridade do capital pairando acima dos Estados-Nação”, na minha compreensão, elide o objetivo maior do sistema, cujas economias de mercado representam o motivo e mola propulsora do lucro. Acaso não são os conglomerados empresariais, os responsáveis pelas ações políticas?!

Pedagogia da Imagem disse...

Caro Roit,

Veja o que escreveu Milton Santos, no livro Por uma outra globalização, ed. Record (p. 76):

"Com a globalização, o que temos é um território nacional de economia internacional, isto é, o território continua existindo, as normas públicas que o regem são da alçada nacional, ainda que as forças mais ativas do seu dinamismo atual tenham origem externa".

Então, os "conglomerados empresarias", nesta perspectiva,não são tão absolutos assim.

Há uma discussão, também no Milton Santos, que gosto muito, que é a respeito da "nação ativa" e "nação passiva". Penso que as análises sobre a questão que você propõe deveriam observar essa "contradição" (p. 156/157):

"A chamada nação ativa, isto é, aquela que comparece eficazmente na contabilidade nacional e na contabilidade internacional, tem seu modelo conduzido pelas burguesias internacionais e pelas burguesias nacionais associadas".

"A nação passiva é estatisticamente lenta, colada às rugosidades do seu meio geográfico, localmente enraizada e orgânica. É também a nação que mantém relações de simbiose com o entorno imediato, relações cotidianas que criam, espontaneamente e à contracorrente, uma cultur própria, endógena, resistente, que também constitui um alicerce, uma base sólida para a produção de uma política".

Os críticos do capitalismo precisam enxergar mais a "nação passiva". Estão muito fixados (uma atração recalcada) no poder do capital...

Aristóteles

Correndo aos 60 disse...

Meu amigo, agradeço a “lembrança” daquilo que eu não sabia (rssss). Meu obscurantismo não me permite deslumbrar estes "gigantescos" detalhes... Mas, confesso que fui levado a este entendimento, talvez, por uma leitura afeita com meus ideais, do próprio Milton Santos (2008), quando ele discorre sobre “as verticalidades”, (pp. 105-108), capítulo antecedido por “efeitos do dinheiro global” (p. 104), ao atestar a organização espaço-geográfica definida pelos “macroatores” (p. 106), favorecidos pela “ação explícita ou dissimulada do Estado” (...) destinada a "favorecer os atores hegemônicos" .” (idem, grifo meu).

Milton amplia esta noção, ao analisar a economia local cuja “(...) política das empresas – isto é, sua policy – aspira e consegue, mediante uma governance, tornar-se política (...)” (p. 107) e que “(...) o território pode ser visto como um recurso, justamente a partir do uso pragmático que o equipamento modernizado de pontos escolhidos assegura.” (p. 108).

Somando a isto, a leitura de Franz Hinkelammert (A globalização da terra e a estratégia da globalização, in A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas, Atílio Boron, org. (2007, pp. 351-364), principalmente em “o abuso da “globalização real” (pp. 356-357) e “fazendo tudo o que dá lucros: o mito da eficiência” (pp. 357-358), também contribuiu para esta compreensão: “Um mundo globalizado e submetido de forma global a uma ação mercantil de cálculo linear meio-fim, que hoje se transforma quiçá no maior perigo para a sobrevivência humana.” (p. 357).

Agora, quanto à minha segunda insciência na leitura de seu livro “A economia política da diferença”, o estudo crítico do “Multieducação” (pp. 91-103), apesar das sutilezas do estilo, transparece uma dura realidade que é a do currículo como mecanismo ideológico do Estado.

Na análise da fundamentação” (pp. 92-93) para o projeto, segundo seu parecer, falta “(...) uma compreensão adequada à atual dinâmica mercantil da globalização (...)” (idem), quando se trata do consumismo das classes sociais menos favorecidas, tratando-se “(...) de uma postura pouco sensível (grifo meu)ao problema do reconhecimento da diferença na modernidade tardia, onde o delicado interesse pela diversidade permite um proveito econômico extraído do contato e da trocas culturais.” (p. 93).

Meu amigo, esta sensibilidade incipiente (aproveitando o seu mote!) trata-se de uma visão ingênua, transparente no documento, ou de desprezo ao fato de que a eliminação de fronteiras aproxima as camadas sociais?

Roit

Anônimo disse...

Prof Roit,
Estou atrás de uma Resenha sobre este livro do Berino, no seu post há um link, só que o arquivo está privado e não consegui ter acesso pelo Scribd. Será que tem como liberar o aceso ou enviar por e-mail? Ficaria imensamente Grata.
barbara.dcd@gmail.com
Bárbara

André disse...

Prof Roit,
Também estou atrás de uma Resenha sobre este livro do Berino, seria possível liberar o aceso ou enviar por e-mail?
Desde já agradeço a ajuda
okidata_informatica@yahoo.com.br
André Batista

Correndo aos 60 disse...

Ok, Bárbara! Já encaminhei...

Marcia disse...

Gostaria também de ter acesso a resenha do livro Economia política da diferença. Se for possível envie para o e-mail: marcia.gdefreitas@yahoo.com.br

Desde já agradeço.

Marcia disse...

Gostaria de ter acesso à resenha do Livro A economia política da diferença. Se for possível envie para marcia.gdefreitas@yahoo.com.br. Desde já agradeço.

Márcia disse...

Gostaria de receber a resenha do livro A economia política da diferença. Se for possível encaminhe para marcia.gdefreitas@yahoo.com.br Desde já agradeço

Marcia disse...

Gostaria de receber a resenha do livro A economia política da diferença. Se for possível encaminhe para marcia.gdefreitas@yahoo.com.br Desde já agradeço. HTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMLHTMHTMLHTMLHTMHTLHTMLHTML

Paulo Freire

"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica."

(Pedagogia da autonomia)