segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rede privada domina melhores do Enem 2009Entre as mil escolas com melhor desempenho no exame, 91% são particulares.

Entre as mil escolas com melhor desempenho no exame, 91% são particulares. Todas as estaduais da lista são técnicas

Priscila Borges, IG Brasília,07/2010


Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 revelam uma supremacia das particulares no topo do ranking. Entre as mil escolas que oferecem ensino médio regular com melhor desempenho nas provas objetivas e na redação, 91% são da rede privada. As médias dos 912 colégios em questão variaram de 641,11 a 749,70 pontos.  


Nessa lista, apenas 88 escolas públicas aparecem. Sessenta delas são federais, 26 estaduais e apenas duas municipais. Entre as estaduais e municipais, todas são técnicas ou coordenadas por universidades, exceto o Colégio Municipal Castro Alves, em Posse (GO) e o Centro Estadual de Ensino Médio Tiradentes, em Porto Alegre (RS).

Essas escolas públicas representam apenas 8,8% dos colégios que aparecem no topo do desempenho no Enem, apesar de a rede pública ser responsável por 88% das matrículas do País no ensino médio. Os resultados serão liberados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Do lado oposto, a lista das 1 mil escolas com desempenho mais baixo no Enem 2009 é composta, em sua maioria por escolas estaduais. Há 979 colégios de todos os estados, exceto o Distrito Federal, nesse grupo. As médias variam de 249,25 a 461,45. Vale lembrar que nota 500 é média de todos os estudantes concluintes do ensino médio, segundo o Inep. Além das estaduais, entre as piores, há 18 escolas municipais e apenas três privadas (duas são rurais).

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Escolas municipais terão reforço de trainees com salário de R$ 2.500,00‏

Divulgado por Fabiana Rodrigues , em 19 de julho de 2010 2:25:50
Fonte: O Globo, 17/07/2010



Novidade

Escolas municipais terão reforço de trainees

Publicada em 17/07/2010 às 19h35m
Ruben Berta

RIO - O Rio de Janeiro será a primeira escala para a chegada ao Brasil de uma rede internacional de formação de líderes na área de educação: a Teach for All (Ensino para Todos). A partir de agosto, começará a ser realizada a seleção de 40 universitários e profissionais recém-formados em qualquer área de conhecimento, que participarão de um programa de trainee em colégios da rede municipal de ensino. No ano que vem, eles iniciarão um período de dois anos auxiliando com aulas de reforço de aprendizagem para estudantes de unidades localizadas em áreas de risco, as Escolas do Amanhã.
" Pessoalmente, os trainees vão levar a experiência do contato com a realidade social das escolas "

O programa Teach For All está atualmente em 13 países e já formou mais de 17 mil profissionais. No Brasil, sua versão foi chamada de Ensina!. O projeto do Rio de Janeiro, seguindo o padrão internacional, será uma parceria público-privada. Dois terços do investimento sairão de empresas e um terço será bancado pela Secretaria municipal de Educação. Os trainees receberão salários em torno de R$ 2.500, equivalente ao de um professor de 40 horas do ensino regular. Os selecionados passarão por um curso de cinco semanas, de manejo de sala de aula, antes de começarem o trabalho nas escolas.
- No médio e no longo prazo, o projeto tem a importância de criar uma rede de pessoas que poderá influenciar não só no desenvolvimento da educação, como em reformas que influam no desenvolvimento do país. Pessoalmente, os trainees vão levar a experiência do contato com a realidade social das escolas. E são técnicas de ensino que podem ser expandidas - afirma a diretora-executiva do Ensina!, Maíra Pimentel.
A direção do Ensina! já começou a entrar em contato com as principais universidades do Rio. Após as inscrições, os candidatos passarão por um processo rigoroso de seleção, com provas dinâmicas e entrevistas. O programa terá parceria com grandes empresas que atestarão a qualidade do trabalho, para auxiliar na inserção dos profissionais no mercado de trabalho após o período como trainee.
 





sábado, 17 de julho de 2010

Um desabafo indignado!

Registrando e divulgando: por Euler Costa, em 17/07/2010).

Não sei nem por onde começar. A minha indignação, revolta e raiva são tão grandes que ainda estou atordoado. Não consigo acreditar que uma criança morra estudando em sua sala de aula, vitima de um tiro de fuzil. A idéia é absurda e sul – real. Não consigo e não vou nunca (graças a Deus) me acostumar com esse tipo de barbárie. Uma criança de 12 anos, um filho, um neto, um sobrinho, um aluno, um amigo; morto brutalmente pala barbárie de uma política boçal de “ENFRENTAMENTO” sem medidas, sem freio, sem propósitos, a não ser eleitoreiros.

O Rio dividido. Para as classes A, B e C, tratamento VIP, traduzido em UPP’s; já para o resto um tratamento VPI (Vão para o Inferno), ou seja, a bala!
A secretária de “educação” disse em seu veículo oficial de comunicação (Twitter): “Nossa criança”....”inaceitável”, disse ela. Ora, a quem vê crianças como números quantificáveis através de inúmeras avaliações e busca de resultados e no mínimo estranho o uso do termo “nossa criança”; e “inaceitável” é como todas e adultos a tempos tem sido tratados de forma ipócrita e frigida pelo estado.

Nenhuma manifestação do prefeito, que estava muito ocupado e o governador idem. Afinal não seria mais uma criança da favela morta em uma operação da PM em horário escolar, em uma comunidade pobre no subúrbio do Rio, que impediria a ambos de participar de um comício já marcado (quem mandou a o garoto morrer justo ontem), no centro do ao lado do presidente e da futura presidenta do Brasil!

Todos juntos em uma grande festa da democracia. Todos celebrando a liberdade democrática, onde um prefeito em exercício e campanha, se junta a um governador em exército e campanha, a um presidente em exercício e campanha pela sua candidata a presidência da República. Realmente é algo dantesco ver em um mesmo noticiário o fato de uma criança marta em sua sala de aula e no mesmo noticiário, que ocorreu poucas horas depois, um comício que reuniu as maiores autoridades do Estado e do País, como se nada de anormal estivesse acontecido. Talvez porque não tenha mesmo acontecido nada de anormal. A anormalidade que eu vejo, outros possivelmente encarem com naturalidade.

Confesso estar completamente tomado pela emoção enquanto escrevo. Mas que bom que seja assim. Sinal de que continuo humano.
Que Deus ampare a esse anjo e a toda sua família. Que Deus ampare a todos nós.

Posso não mundar o mundo, mas me calar jamais!
Desculpem pelo desabafo.

Paulo Freire

"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica."

(Pedagogia da autonomia)