Espaço para encontro de educadores e todos os demais formadores que têm contribuído na produção de uma sociedade mais justa, alterando o quadro atual, quebrando paradigmas. As matérias são de responsabilidade dos autores, não expressando opinião institucional. Todo texto sujeita-se à aceitação dos moderadores e condicionamento ao Direito Digital, Ética e Cidadania na web. http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/cartilha_tecnologianaeducacao.pdf http://www.patriciapeck.com.br/faq.asp
domingo, 22 de novembro de 2009
Pobreza 'encoberta'
Pobreza também é sinônimo de fome, cf. Zygmunt Bauman, ja que existem outras questões relativas à pobreza que permanecem escondidas nas analises estatisticas divulgadas, como as péssimas condições de habitação, o analfabetismo, a ruina familiar, dentre outras. Daí que o conceito de 'pobreza relativa' ganha destaque nos estudos acadêmicos, como e o caso de Análise de Pobreza com Indicadores Multidimensionais: Uma Aplicação para Brasil e Minas Gerais (LOPES, Helger Marra et al. 2004). Resumem os autores: "Apesar de vários estudos de pobreza utilizarem ainda a abordagem unidimensional padrão baseada na renda, um crescente número de trabalhos aborda o problema através de um ponto de vista multidimensional – uma evidência da extraordinária influência da linha de pesquisa chamada “Human Capabilities”, proposta e desenvolvida por Amartya Sen. Este trabalho segue a perspectiva multidimensional no tratamento da pobreza no Brasil e em Minas Gerais, usando diversas informações do Censo Demográfico 2000, do Atlas da Criminalidade de Belo Hori zonte e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil que disponibilizam informações econômicas e sociais para unidades de análise individual e domiciliar. Estas informações podem ser agregadas a nível municipal bem como a maiores níveis de agregação geográfica. A metodologia enfatiza o grau de disseminação de alguns atributos básicos de bem estar entre as famílias, ponderando-os pelos seus respectivos níveis de escassez e, ainda, permite a análise por atributo e por domicílio. O trabalho inclui no cálculo do indicador de pobreza variáveis de saúde, crime, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, infra-estrutura domiciliar e renda e considera diversos níveis de agregação geográfica: Brasil, Minas Gerais e Mesorregiões de Minas Gerais. Os resultados indicam que as ordenações de pobreza calculadas são afetadas pela inclusão de atributos adicionais em sua construção, corroborando a hipótese de que o índice de pobreza unidimensional, baseado na renda não é suficiente para identificar a extensão da pobreza numa determinada população."
LEIAM O TRABALHO APRESENTADO NO XIV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, ABEP, REALIZADO EM CAXUMBU, MG, EM 20- 24 de Setembro de 2004.
Marcadores:
Brasil,
ciências sociais,
criminalidade,
economia,
fome,
geografia,
IDH,
investimentos em saúde,
mercado,
Minas Gerais,
pobreza relativa,
saneamento,
trabalho,
zygmunt bauman
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário